segunda-feira, 23 de abril de 2012

Poeta ao mar

Por que tão cedo
essa dança ao mar?
Possível suportar
o pélago profundo?

E suportando viver
neste enquanto?
Há resquício
do tempo vencido?

Sim, sempre o sim
desse chamado imprevisto
Por engano nos chega
próximo o longínquo

Admiramos e sorrimos
mesmo no peso
Inconcluso do jamais
repetido e concluído

Pois vida que se dá
a eterno um
Caminho calmo
que só assim pode

Respira e respeita
na surdina
Cada reflexo de sina
tecida em verdade dita

Assim de escombros
e terra escura
Se aclama na chama
do verso versado

Assombro em luz
e plenitude
Que persiste passando
tal rio

E uma centelha sorrateira
perpassa o rosto
De um olhar simples
que reconduz a vida

Até a lembrança
um tanto fria
Ao todo
anima

Pois que alma
arguta se lança
Ao abismo
no sismo de amar

Nisso se reduz
imerso e imenso
Universo e eterno
no instante e seu sorriso





Sei que o poeta nasce póstumo. Eis a feitura de suas migalhas por um eterno. A palavra tem o peso da eternidade, e para se sustentar na gravidade do eterno é preciso o equilíbrio do amor. Mas enquanto se pisa em Terra por um fim, peço ajuda para terminar e converter o grão de vida em alma, para que possa derramar o sol do Meio-Dia que trago no peito, e dele faça germinar o mais fecundo que o solo humano pode dar, a sua palavra...

Para isso, a ajuda é que aqueles que tenham Poesias, Canções, Letras, em outras línguas (Inglês, Francês, Alemão, Espanhol, Italiano) e queiram ver uma tradução, por favor enviem email para dichterpoeta@gmail.com

Grato

Poeta